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Hábitos que ajudam a combater os sintomas do estresse

Há alguns anos, adoeci severamente e não havia médico que descobrisse o que eu tinha. Meses antes eu já vinha apresentando sintomas de baixa imunidade: vivia gripada, peguei várias viroses e fui internada algumas vezes, mas eu acreditava ser normal, afinal, todo mundo pega essas doenças o tempo todo. Até que, no final do mês de setembro, comecei a ter sintomas que nunca tinham acontecido antes: eu sentia uma dor abdominal estratosférica e inexplicável, que me fazia gritar e não me permitia levantar da cama. Tinha diarreia por horas e, depois, passava dias sem ir ao banheiro, até que tudo recomeçava e comecei a perceber um pus transparente no papel higiênico. Simplesmente nenhum alimento parava no meu corpo. Foram mais de três semanas fazendo todos os exames possíveis, mas nenhum apresentava alteração.
Lembro de ter medo de comer, porque achava que ia voltar a sentir dor. Perdi quase 10 kg e os médicos me disseram simplesmente que eu deveria procurar um hobbie. Não entendi nada no momento: como um hobbie ia me fazer parar de passar mal?
Em novembro, comecei a frequentar a terapia e as coisas começaram a fazer sentido. Descobri que aquela doença, que posteriormente foi diagnosticada como síndrome do intestino irritável, estava acontecendo devido a dois fatores: 1. meu histórico de doenças intestinais anteriores; 2. excesso de estresse e ansiedade. Até aquele momento eu nem imaginava que uma questão psicológica poderia me fazer sentir a pior dor física que já havia experienciado em toda a minha vida. Foi assustador, mas também essencial para que eu melhorasse.
Minha terapeuta me incentivou a voltar aos meus antigos hobbies aos poucos (não é que os médicos estavam certos? rs) e a praticar meditação com frequência. Aprendi a identificar quando estava me sentindo ansiosa e a fazer exercícios de respiração antes de ter uma crise. Voltei a pintar, a escrever, a jogar xadrez e a ler. Além disso, precisei me atentar ao que eu comia, já que, com o passar dos meses, identifiquei os alimentos que desencadeiam minhas crises intestinais.
Por um tempo eu melhorei mas, como a maioria das pessoas, tive uma “recaída” durante a pandemia e cheguei a ser internada duas vezes. Novamente, nenhuma doença foi identificada em meus exames.
Após um longo período de quarentena mundial, muitas pessoas perceberam como corpo/mente/espírito são inseparáveis; e muitas perceberam também o valor que as práticas integrativas têm para a nossa saúde. Aqui, compartilharei uma série de hábitos que me ajudaram – e ajudam milhares de pessoas ao redor do mundo – a levar a vida de forma menos ansiosa e estressante:

  1. Exercícios físicos: uma caminhada de trinta minutos já faz a diferença para amenizar o estresse, além de ajudar na circulação e a prevenir inúmeras doenças. Caso consiga, busque um exercício para se apaixonar, como yoga, natação, ciclismo, dança ou luta, entre outros que te façam bem.
  2. Busque um hobbie: aprenda a pintar, faça aulas de cerâmica, leia livros, entre para um clube de jogos de tabuleiro, comece a costurar, faça trilhas, frequente casas de escalada ou até mesmo crie uma horta própria. Em minha experiência, com mais hobbies, mais empolgada com a vida eu fiquei. Existem tantas coisas interessantes no mundo para tirar sua cabeça do pensamento desesperador do dia a dia, que é muito importante saber que nunca é tarde para tentar.
  3. Se alimente melhor: mais do que ninguém, eu sei que não é fácil se alimentar bem. Eu mesma não suporto cozinhar e não sei fazer os legumes ficarem gostosos na comida, mas depois de tanto passar mal estabeleci algumas regras para mim mesma: não beber refrigerante, evitar café, frituras, bebidas alcoólicas e doces em excesso. Também me esforço para nunca pular refeições, tento comer “de verdade”, com arroz, feijão, salada e alguma proteína, pelo menos uma vez por dia. Amo chocolate, então me permito comer um de sobremesa depois do almoço (mas, neste ponto, perceba junto aos profissionais de saúde que te acompanham, se isso se adequa a você). Também é muito importante comer frutas todos os dias, que podem substituir lanches, acompanhar o café da manhã ou servir como sobremesa no almoço e jantar.
  4. Procure ajuda: ninguém melhor do que um profissional para te auxiliar em um momento de sofrimento mental e/ou físico. Existem serviços de terapia por preços sociais ou até mesmo gratuitos, oferecidos por faculdades de psicologia, por exemplo. Caso seu problema também seja físico, procure um clínico geral para fazer os exames necessários e ser encaminhado para o médico especialista. Uma baixa de vitaminas no corpo pode ser a causa de seu estresse, tristeza, falta de energia ou desconforto. Não sofra em silêncio!
  5. Busque influências positivas. Um problema do mundo tecnológico é a ilusão da vida perfeita nas redes sociais. Durante algumas crises, eu me senti tão sozinha que questionei como suportaria viver anos com uma doença que me causa tanta dor e por qual motivo isso aconteceu logo comigo. Foi essencial descobrir influenciadores digitais que passavam por doenças parecidas e davam foco para esse tema em suas redes. Parei de acompanhar quem me fazia mal e passei a acompanhar pessoas com quem eu me identifico e que eu sei que podem agregar conhecimento à minha vida.
  6. Busque formas integrativas de bem-estar: meditação, aromaterapia, reiki, acupuntura, massagem, cristaloterapia, cromoterapia entre outras. O trabalho holístico que conscientiza a integração de corpo, mente e espírito é um grande diferencial para o estado de bem-estar. Aprenda um pouco mais sobre estes temas, busque cursos, fale com profissionais e aplique estes conhecimentos em sua rotina.

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