Segundo a Anvisa, em sua resolução n°7 de 2015, “Cosméticos” são as preparações de uso externo para as diversas partes do corpo com o objetivo exclusivo e principal de limpá-las, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais para protegê-las ou mantê-las em bom estado. Esta é uma definição abrangente, tanto para cosméticos convencionais quanto para os naturais, uma vez que não temos uma legislação específica para isto.
Para que possamos entender melhor os cosméticos naturais, existem empresas certificadoras que trazem algumas definições para eles: o Cosmético Natural precisa apresentar 5% de matéria prima certificada orgânica, podendo os outros 95% ser compostos naturais, não necessariamente com certificação.
Já o Cosmético Orgânico apresenta pelo menos 95% de matéria orgânica e certificada. Os cosméticos feitos com matérias-primas orgânicas apresentam entre 70 e 95% da sua formulação com produtos certificados orgânicos.
Entende-se como matéria prima natural as de origem vegetal, mineral, marinha, biotecnológica e animal, desde que o animal não sofra para fornecer esta matéria-prima.
Como no Brasil não existe uma legislação vigente específica, usam-se empresas certificadoras que tem um know-how (saber como) sobre o assunto e seguem diretrizes próprias; contudo, são diretrizes de acordo com órgãos internacionais que já têm esse tipo de legislação, geralmente colocando um selo no rótulo do produto. Assim, quando o consumidor for comprar este produto, consegue identificar no rótulo se trata-se de um produto orgânico, certificado, que não faz experiências com animais e assim por diante.
A cosmética natural já não é considerada um nicho de mercado, mas sim uma tendência para consumidores mais exigentes, que buscam o menor impacto sobre o meio ambiente e não consomem mais sem limite: querem qualidade sem abrir mão dos avanços tecnológicos que já foram obtidos. Com isso, a cosmética natural vem ao encontro dessa nova leitura, trazendo os cosméticos personalizáveis, que causam menos risco à saúde e ao meio ambiente, além de estarem aliados ao efeito terapêutico (os chamados cosmecêuticos).
A desvantagem da cosmética natural é que talvez não tenha uma aparência tão bonita quanto um produto convencional, mas deve ser levado em consideração que este produto é mais efetivo do que o convencional (que tem vários produtos químicos que não trazem benefício algum à sua saúde e bem-estar). Além disso, o produto natural às vezes é mais caro e não tão prático, pois necessita de uma certa manipulação; mas, considerando os benefícios que trazem, são uma nova proposta, em que se precisa pensar de uma maneira diferente e, no final, quantificar custos e benefícios.